Instalação tridimencional instalada no Parque da Água Branca, parte do Projeto Ar-te.
Texto do curador Thiago Costackz sobre o trabalho:
“A artista Priscila Barbosa projeta luz sobre mulheres diversas e seres que sempre foram deixados à margem da História. Por isso, talvez o título de sua obra tão bem exemplifique as dores de tantos marginalizados, das mulheres ao meio ambiente – o que o torna um grito muito coerente e potente, visto que ela mesma é uma mulher fora dos padrões estabelecidos. É comum em sua obra o uso figurativo de objetos domésticos comumente associados às mulheres. Nessa instalação, feita no formato de uma enorme caixa de fósforos, ela ressignifica esse símbolo e evoca a dualidade dele, algo que pode ser utilizado como ferramenta de insubordinação e confronto, mas também como algo que inicia o processo de preparo dos alimentos, ou ainda, que pode iniciar um incêndio em uma floresta. A obra é um manifesto para que as mulheres e o meio ambiente não sejam tratados como meras propriedades exploráveis. No centro da imagem, retrata uma mulher indígena Potiguara Ibirapi, que ao praticar uma agricultura de menor impacto contribui para a melhora do ar em todo mundo.”