“Nenhuma mulher sem casa” é uma das frases que mais se afirma na Frente de Luta por Moradia. A antiga Ocupação Lord – nome do hotel que ali já existiu – agora recebe o nome de Residencial Elza Soares e em muito em breve irá acolher diversas famílias que lutaram muito pra que esse sonho se tornasse realidade e que decidiram rebatizar o local a fim de homenagear uma mulher de grande representatividade e que possui uma ligação com o local. Em setembro de 1964, Elza Soares e Mané Garrincha foram barrados na porta do Hotel, os dois procuravam um lugar para se hospedarem antes do show da cantora que aconteceria na boate Som de Cristal, mais um dos episódios de racismo e preconceito que Elza enfrentou ao longo da vida. Por esse motivo, Priscila retrata Elza com as chaves do Hotel na mão, um símbolo de passagem desse lugar pras diversas mulheres que finalmente o chamarão de lar.